🌏 Da Mesoamérica para o mundo.
O nome cacau tem ligação com kakawa, termo que os maias e os astecas teriam herdado dos Olmecas, civilização que estiveram na origem da antiga cultura pré-colombiana.
Povos pré-olmecas já preparavam o cacau em 1750 a.C. Isso mesmo! Recipientes de cerâmica com resíduos da preparação do cacau foram descobertos em sítios arqueológicos Olmeca na costa de Veracruz, no México.

Como o cacau era consumido pelos povos originários?
Foi na região da América Central e do México que os povos originários trouxeram a inovação de cultivar e domesticar o cacau. Eles fermentavam as sementes do fruto para o preparo de uma bebida amarga, chamada pelos astecas de chocolatl ou cacahuatl. Desse termo deriva a palavra chocolate.
Os maias e os astecas adicionavam diferentes especiarias ao preparo da bebida “chocolate”, como flores aromáticas, baunilha, pimenta e mel. Eles secavam, misturavam e trituravam as especiarias junto às sementes de cacau para formar uma pasta. Essa pasta era dissolvida em água, e a bebida podia ser consumida fria ou quente. Podemos imaginar como era, nessa breve ilustração.

Não só como alimento e bebida, mas o cacau também era utilizado como moeda de troca por esses povos. Os povos mesoamericanos viam o cacau como uma riqueza inestimável que ia além do sabor delicioso. O cacau era usado como uma forma de pagamento por bens e serviços. Cada civilização tinha seu próprio sistema de valores, e o cacau era uma mercadoria de grande importância.
A produção de cacau no Brasil começou a se estruturar no sul da Bahia, onde já existia em estado natural, próximo ao clima do México, devido ao rio Amazonas. O cacaueiro se adaptou bem ao clima. As primeiras sementes chegaram a Canavieiras em 1746, e a Ilhéus, em 1752.
